Mineração faz solo afundar em bairros de Maceió e moradores são retirados

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Antes, as ruas de Mutange e Bebedouro, no interior de Maceió, formavam um bairro de tradicional moradia. Mas hoje, se parece mais com uma ‘cidade fantasma’, com casas semelhantes às ruínas. 

Isso se deve ao afundamento do solo em decorrência do processo de mineração, o que fez com que inúmeras famílias abandonassem suas casas. Cerca de 25 mil pessoas foram embora do bairro, que agora tem chances de ser uma floresta, como indica a Secretaria do estado. 

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O processo de retirada dos moradores de Mutange está acontecendo desde 2018, quando um tremor de terra em conjunto as chuvas intensas causaram rachaduras em prédios no bairro de Pinheiros. A partir disso, uma série de estudos apontaram que a mineração da região estava fazendo o solo afundar. 

Mineração faz solo afundar em bairros de Maceió e moradores são retirados
Fonte: (Reprodução/Internet) 

Mineração afeta famílias e suas casas

Segundo a prefeitura, o afundamento dos bairros afetou diretamente cerca 6.356 residências. Sendo a área dessas habitações classificadas como “erguidas em área de risco” pela empresa pública que desempenha o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM).

Após mais de um ano de estudos, o CPRM apontou que o problema foi causado por quatro décadas de atividades de mineração realizadas pela Braskem, que operou 35 poços para retirar sal-gema do subsolo.

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Em menos de dois anos, houve rebaixamentos superiores a 40 centímetros do solo, o que fez com que casas e ruas rachassem. O problema está nas minas subterrâneas, que apresentam subsidência. Logo, a retirada dos moradores teve de ser imediata por conta do risco de danos ainda maiores e o afundamento do solo. 

Projeto prevê floresta nativa no lugar do bairro 

Há um estudo preliminar que prevê alguns usos das áreas afetadas com o reflorestamento. O bairro Mutange é uma área de proteção permanente, não podendo mais ser ocupada devido às minas subterrâneas, existindo a possibilidade de ocupação vegetativa.

Apesar do projeto, o planejamento de reflorestamento só poderá acontecer quando o processo de correção do solo for implementado e acontecer o fechamento das minas. 

Foram abandonados prédios, casas, lojas, igrejas, um hospital psiquiátrico, o centro de treinamento do CSA, O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que ligava o Rio Largo ao centro de Maceió, deixando milhares de trabalhadores na mão. Ruas estão interditadas, e o trânsito da cidade foi comprometido.

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