Nesta sexta-feira (16) começa um evento que traz como tema a conscientização sobre lúpus, o diagnóstico precoce da doença e como funciona o tratamento. O evento estava previsto para o mês de maio, mas com o avanço da pandemia pelo país, ele teve que ser adiada.
A iniciativa promoverá sessão de contação de histórias e distribuição de brinquedos e livros para crianças diagnosticados e em tratamento contra o lúpus. Eles estão sendo atendidos pelo NESA no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio.
O evento acontecerá no hospital e se prolongará até domingo (18) em parceria com a organização Instituto Dé Mendonça Lúpus Care. As atividades se iniciam às 9h da manhã desta sexta, com a participação de Eliza Morenno, escritora e arte-educadora.
Entenda como a doença atua no organismo
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, que é quando o sistema imunológico ataca o próprio organismo. A doença é o resultado de um desequilíbrio, sejam alterações ambientais quanto fatores genéticos e hormonais que desequilibram o organismo, fazendo o sistema imunológico apresentar alterações.
Logo, ocorre a produção desregulada de anticorpos que passam a reagir contra as proteínas do próprio corpo, causando inflamação em diversos órgãos, como pulmões, articulações e rins, além de interferir na pele e mucosas.
Os sintomas podem variar, porém o mais comum é que o paciente apresente cansaço, febre baixa, emagrecimento, perda de apetite e inchaço nos gânglios. Isso se deve as inflamações nos vasos sanguíneos que a doença provoca, os quais podem se disseminar por todo o corpo.
Órgãos mais afetados pelo lúpus e o tratamento
- Pele: a maioria dos diagnosticados passam a ter fotossensibilidade sem protetor solar, o que vai provocando vermelhidões na pele de 48 a 72 horas;
- Articulações: geralmente dor e inflamação acabam afetando punhos, mãos e joelhos, além de comprometer tendões, ombros e quadris;
- Rins: a doença pode causar diminuição do volume urinário, como também apresentar urina espumosa, sangue e hipertensão, ocasionando inúmeros problemas renais.
O ideal é que seja feito exames de urina frequentemente, para que não haja evolução da doença e a perda da função renal. Evitar exposição ao sol também é uma maneira de tratar a doença.
O tratamento para esses locais afetados incluem remédios para regular as alterações da doença, e também medicamentos para tratar hipertensão, febre, dor e outras mais. São usados medicamentos como corticoides, antimaláricos e imunossupressores, além de analgésicos ou anti-inflamatórios.
