Uma pesquisa feita pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP apontou que a terapia com cavalos pode reduzir efeitos de perdas musculares do envelhecimento, permitindo compensar perdas na mandíbula em idosos, reduzindo o esforço na mastigação.
Com as sessões de equoterapia, os participantes do estudo reduziram a atividade dos músculos mastigatórios, que normalmente é elevada em pessoas com alterações musculares, podendo trazer benefícios também para outros músculos do corpo.
A pesquisa analisou 17 pacientes (14 mulheres e 3 homens), com idade entre 60 e 79 anos, submetidos a um atendimento de hipoterapia com duração de 30 minutos. A hipoterapia é um outro recurso da equoterapia, cujo cavalo é conduzido por um guia e mantido ao passo dele.

Musculatura tende a se desenvolver mais
Durante a hipoterapia, nos primeiros 15 minutos os participantes montaram e mantiveram os pés apoiados nos estribos colocados nos cavalos, e no restante do tempo retiraram seus pés dos estribos. Esse processo envolve fortalecimentos dos membros inferiores e uma melhora no sistema estomatognático.
Conforme pesquisadores, o passeio diário de 30 minutos permite com que o participante ao se ajustar no cavalo tende a ganhar mais força nos membros inferiores. Além disso, quanto ao sistema estomatognático, foi evidenciado resultados promissores no aumento da pressão da língua e dos lábios após a terapia com o cavalo.
Benefícios da equoterapia
- Fortalecimento e mobilização na parte pélvica, coluna lombar e articulações do quadril;
- Melhora do equilíbrio e da postura;
- Desenvolve coordenação de movimentos entre tronco, membros e visão;
- Estímulo dos sentidos e reflexos, melhorando a integração sensorial e motora.
Os resultados e benefícios à saúde estão no estudo “Electromyographic analysis of stomatognathic muscles in elderly after hippotherapy”, divulgado pelo site da Plos One em 27 de agosto. Nele, a pesquisadora Edneia Corrêa de Mello, comentou a importância no desenvolvimento estomatognático, porque é muito comum que o idoso contraia a sarcopenia, resultando em perdas quantitativas e qualitativas na musculatura.