Colapso da Covid-19 em Manaus: ministro da Saúde reconhece estado crítico

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Nesta quinta-feira (14), o ministro da Saúde Eduardo Pazuello, reconheceu a crise no sistema de saúde manauara por meio de uma transmissão ao vivo juntamente com o presidente Jair Bolsonaro.

Os casos de mortes no Amazonas cresceram 183% em uma contagem dos últimos sete dias. Até agora, foram 5,8 mil óbitos pela doença no estado. Até 12 de janeiro, a capital de Manaus já contava com 2.221 internações.

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Por se tratar de recorde nas internações, as instituições de saúde ficaram sem oxigênio. Pazuello afirmou que existem 480 pessoas contaminadas pela Covid-19 na fila da UTI. Bolsonaro disse que a situação estava complicada.

Colapso da Covid-19 em Manaus: ministro da Saúde reconhece estado crítico
Fonte: (Reprodução/Internet)

Manaus passa por colapso com recorde de internações 

Manaus está sofrendo uma crise no tratamento de pacientes com o novo coronavírus. Além da falta de oxigênio, os cemitérios estão lotados e, por isso, novas câmaras frigoríficas foram instaladas. O governo estadual decretou a proibição de pessoas nas ruas e estabelecimentos entre 19h e 6h.

Pazuello reconheceu o colapso no atendimento de saúde do estado. Na mesma transmissão ao vivo, o ministro explicou que a alta nas infecções e mortes por Covid-19 são, segundo ele, por questões climáticas, falta de estrutura hospitalar e falta de “tratamento precoce” da doença.

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Na mesma ocasião, o presidente Bolsonaro defendeu novamente o uso de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina, zinco, nitazoxanida e vitamina D e afirma existir comprovação “observacional” para esses métodos.

Pacientes de Manaus estão sendo transferidos à outros estados brasileiros

Os pacientes com coronavírus de Manaus serão transferidos a outros estados com melhor infraestrutura de atendimento. 235 internados serão enviados a partir desta sexta-feira (15) em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

O Ministério da Defesa divulgou que os voos agendados para hoje são para Piauí, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Goiás, Ceará e Distrito Federal. O Ministério da Saúde informou que as transferências serão feitas por duas aeronaves da FAB, e que já existem 149 leitos reservados.

Em números exatos, 40 leitos estão disponíveis em São Luís (MA), 15 em João Pessoa (PB), 20 em Goiânia (GO), 30 em Teresina (PI), 10 em Natal (RN), 10 em Recife (PE), 4 em Fortaleza (CE) e 20 no Distrito Federal.

Na manhã desta sexta-feira (15), nove pacientes foram enviados. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas, os primeiros pacientes tratam-se de internados que saíram dos Hospitais e Prontos-Socorros 28 de Agosto e Platão Araújo para serem tratados no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina.

Venezuela se mostra disposta a fornecer oxigênio ao Amazonas

A White Martins, principal fornecedora de oxigênio ao estado de Manaus, pronunciou-se sobre a falta e afirmou que deve buscar oxigênio na Venezuela. Conforme dito pela empresa, no últimos 15 dias a demanda pelo tubo do material apresentou uma alta de cinco vezes.

No entanto, a White Martins de Manaus não consegue produzir  maior quantidade, porque corresponde ao triplo da capacidade de produção da companhia.

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou por meio de seu perfil no Twitter, que o oxigênio está imediatamente disponível ao Amazonas. Arreaza ainda informou que conversou o governador do estado, Wilson Lima, por conta de requerimento do presidente Nicolás Maduro.

Vice-presidente afirmou que governo faz mais do que é capaz

Na sexta-feira (15), o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o governo federal está fazendo “além do que pode” no trabalho de auxílio ao colapso de Manaus. O parlamentar ainda disse que a localização da cidade dificulta qualquer operação.

Após ser perguntado sobre uma possível falta de planejamento logístico, Mourão afirmou que um colapso no sistema de saúde de Manaus não poderia ser previsto, logo que, segundo ele, a alta se dá à nova variante do coronavírus já identificada no estado.

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