Em meio às turbulências que o atual governo enfrenta, recentemente, Rubem Novaes renunciou ao cargo de presidente do Banco do Brasil, contribuindo ainda mais para o aumento dos desarranjos políticos em que o país se encontra.
A decisão foi tomada por Rubem em 24 de julho, e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) cobra uma explicação do Banco do Brasil sobre um possível nome já acertado para assumir o cargo, mas que não foi informado à instituição.
Rubem deixou o cargo de presidente do BB após discordâncias com Jair Bolsonaro, já que o presidente não defende a desestatização da instituição, enquanto Novaes falava abertamente em privatizar o banco.
Quer saber tudo sobre a escolha do novo presidente do Banco do Brasil? Fique e confira tudo o que já se sabe.
CVM cobra explicações
A CVM cobra explicações sobre um possível nome apontado como o escolhido por Jair Bolsonaro para presidir o Banco do Brasil. A escolha de quem vai ocupar o cargo deve ser informada antes ao mercado.
O Banco já emitiu uma nota, alegando que: “Até o presente momento não houve qualquer comunicação formal do acionista controlador sobre o efetivo exercício dessa prerrogativa pela Presidência da República”.
Porém, a atitude de cobrar explicações foi adotada pela CVM após rumores de que André Brandão já havia sido escolhido como novo presidente do Banco do Brasil, e a decisão ainda não havia sido informada nem mesmo ao banco, aparentemente.
André, assim como Rubem, é um nome próximo a Paulo Guedes, o atual ministro da Economia do Brasil. É visto com bons olhos por Paulo, já que, de acordo com ele, é um jovem de perfil apolítico.
Privatização do Banco do Brasil
Apesar de ser um banco basicamente estatal, o Banco do Brasil tem uma organização mais complexa do que isso, já que também conta com ações no mercado financeiro, envolvendo também investidores privados em sua administração.
Rubem defendia abertamente a privatização da instituição, assim como Paulo Guedes, que já chegou até mesmo a dizer, em reunião ministerial, e em tom fervoroso, que o Banco deveria ser vendido logo.
Porém, não satisfeito com a proposta elaborada por seus aliados, o presidente Jair Bolsonaro, ao menos a curto prazo, não tem interesse na desestatização do Banco do Brasil.