Nesta quarta-feira (30), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) assinou contrato para o recebimento de 46 milhões de doses da vacina chinesa, a Coronavac. A vacina está sendo desenvolvida em parceria do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac desde o mês de junho.
A declaração do governador sobre a produção de imunização contra a Covid-19, e a conseguinte campanha de vacinação em dezembro, se iniciará com os profissionais da saúde. Os médicos serão as primeiras pessoas a receber a Coronavac no Brasil.
O contrato assinado para a confecção das milhões de doses da vacina tem contado com a contribuição de 90 milhões de dólares pelo estado de SP. Até o mês de dezembro a farmacêutica vai enviar 6 milhões de doses prontas, enquanto as outras 40 milhões serão engarrafadas para a preparação do envio.

Distribuição para todos os brasileiros
Durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Doria anunciou a vacinação de profissionais de saúde a partir do dia 15 de dezembro. Entre os profissionais na linha frente estão: médicos, enfermeiros, paramédicos, os que atuam em hospitais públicos e privados e em todas as unidades de saúde por todo o estado de São Paulo.
Depois de todos os profissionais e funcionárias da saúde, a vacina estará disponível para a sua ampla distribuição, começando primeiramente pelos habitantes do estado de SP para que depois siga por todo o território brasileiro.
A campanha de vacinação para todas as camadas da população de SP está com data prevista para fevereiro de 2021, conforme anunciada por Doria semana passada. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Cova, salientou que será feita a distribuição da vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Liberação da vacina pela Anvisa
O estudo apresentado pelo estado de São Paulo mostrou que a Coronavac não resultou em efeitos colaterais os 94,7% dos voluntários testados na China. Enquanto aqui no Brasil, a vacina está em fase de testes.
Se a Coronavac demonstrar eficácia de pelo menos 50% em análise preliminar, o diretor irá pedir liberação de uso emergência da Anvisa. O valor de 50% é o mínimo a ser obtido em uma análise interina que deve ocorrer até novembro. A análise compara os voluntários que tiveram a Covid-19 com aqueles que tomaram a vacina e aqueles que tomaram o placebo.
No momento, 7 mil voluntários já participaram dos testes segundo Dimas Covas. Mas o intuito é acrescentar mais 13 mil pessoas nos ensaios clínicos.