Nesta terça-feira (17), foi publicado no Diário Oficial um novo decreto que estende a quarentena no estado de São Paulo até o dia 16 de dezembro. A providência foi realizada pelo governador João Doria (PSDB-SP), depois do mesmo ser questionado sobre o acréscimo de casos no estado.
O número de casos é referente à quantidade de pacientes que se encontram internados devido ao novo coronavírus. A medida possibilita que haja a reanimação dos que foi previsto no decreto nº 64.879. Nele, é acautelado o embargo de locais públicos e de atividades não essenciais.
Desde o início da pandemia no país, esta é a 14ª vez que o período de reclusão é prorrogado, uma vez que a medida anterior estendia a quarentena até o dia 16 de novembro. Esta iniciativa preventiva foi tomada em diversos países europeus que se encontram na chamada “segunda onda”.
Dados desatualizados agravaram situação, diz Doria
De acordo com Doria, a carência de dados, no que concerne o número de óbitos e de infectados, ocasionada pela falha no servidor do Ministério da Saúde, na semana anterior, já será resolvida. Entretanto, o governador disse que isso impactou a correção dos dados no país, especialmente no estado.
Doria afirmou que houve um crescimento de 18% no número de infectados, todavia tal porcentagem não é certeira devido à pane relatada, que atrasou as atualizações. Segundo os índices atrasados, a maior parte das regiões do estado seria impulsionada para a fase onde as medidas não são mais válidas.
“[…] Indicadores de leitos de UTI e internações, sob responsabilidade do governo de São Paulo, cresceram em relação à semana anterior. O momento requer precaução para uma análise mais completa. Cautela e cuidado”, afirmou João Doria.
Aumento de casos já havia sido relatado por hospital
Antes mesmo do governador se pronunciar, o cenário já vinha sendo discutido. Na semana passada o Hospital Israelita, Albert Einstein, comunicou ao público que um crescimento de internações provenientes da Covid estava ocorrendo, bem como a quantidade de diagnósticos positivos para o vírus.
Entrevistado pelo Uol, Jean Gorinchteyn, secretário de saúde de SP afirmou que maioria dos infeccionados se encontra na fase adulta, e são residentes das classes A e B. Tal nicho de pessoas é o que mais demonstrou retorno às ruas depois das flexibilizações das medidas iniciais.
